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Já pensou em levar uma casa do Brasil para Espanha? Roberto Cordovani pensou...e levou!

O ator e diretor teatral, Roberto Cordovani, residente na Europa há 29 anos, conta como deu o "JEITINHO" BRASILEURO! de levar uma casa de madeira de Curitiba para Mondariz, no norte da Espanha e nos revela outros detalhes de sua vida e carreira.

O ano era 1996. Ele estava em temporada no Brasil com o seu espetáculo teatral Eva Perón, o espetáculo e visitando uma exposição de casas pré-fabricadas resolveu perguntar o preço. Achou bem atrativo e comprou. Mas ele não sabia a epopeia que seria transportar uma casa de navio, atravessando o atlântico, num container de 18 toneladas.

“Além dos entraves de aduana, a casa era como um quebra-cabeças e só os montadores, que vieram do Brasil, que sabiam montar. A construção da casa demorou 2 meses porque tinha que esperar fazer bom tempo. A empresa me deu um desconto de 1.500 telhas. Mas quando a casa chegou, eu percebi que faltavam 15.000 telhas. Os montadores tiveram que morar na minha casa durante todo o processo de construção”, contou Cordovani rindo e lamentando daqueles dias.

Mas não pensem que toda essa experiência “semi-traumática” abalou o nosso aventureiro. Quase 10 anos depois, com o apoio de várias instituições financeiras galegas, Roberto deu outro “Jeitinho” e construiu o Teatro Arte Livre. O primeiro teatro particular, oficializado, construído e administrado somente por brasileiros em terras galegas.

Participou ativamente, como sócio, da administração do teatro, até que no ano de 2012 se viu obrigado a fechar as portas de seu empreendimento devido à forte crise financeira que abalou a Espanha. Cortes de subvenções e desemprego foram fatores que ocasionaram a ausência do público e o consequente encerramento das atividades.

Entretanto, mesmo com o teatro fechado, Roberto continuou empreendendo e se apresentando pelo mundo com a sua companhia internacional de teatro, a Cia Arte Livre, inclusive ganhando um prêmio no ano de 2013 como melhor ator protagonista no festival de teatro em São Paulo (FESESTE), que chegou para somar a extensa lista de prêmios adquiridos ao longo de sua carreira artística como melhor ator de Londres (Charrington London Fringe Awards), de Madri (Prêmio da Mostra Internacional do Festival de Outono de Madri), de Santiago de Compostela (Prêmio Compostela de Teatro) e como melhor direção no Festival Internacional de Teatro de Edimburgo.

Com alguns desses espetáculos teatrais, que lhe renderam premiações internacionais, escreveu, com o apoio da Universidade da Coruña, o primeiro livro na Galicia (em português do Brasil), chamado “Teatro Brasileiro na Galiza” que reúne quatro dos principais textos teatrais do repertório da sua companhia: O Retrato de Dorian Gray (Oscar Wilde), Isadora Duncan (A revolução na dança), Lola (o musical proibido pelo Nazismo) e Olhares de Perfil (o mito Greta Garbo), este último escrito em coautoria com Alejandra Guibert e que se transformou em um longa-metragem que foi filmado de dezembro de 2014 a fevereiro de 2015, em parceria com a produtora cinematográfica brasileira ArsA Crastinum, com direção de Raphael Amorim e direção de fotografia de Andrea Costakazawa. (clique aqui para ler a matéria sobre o filme)

Como podemos perceber, Roberto já nasceu protagonista e, como tal, não poderia deixar de ter protagonizado outro fato importante de sua vida. Junto com o seu companheiro Bruno Portela, inaugurou o Registo Civil de Valência do Minho, Portugal com o primeiro matrimônio entre pessoas do mesmo sexo.

Este realmente tem o "JEITINHO" BRASILEURO!

Saiba mais sobre a vida e carreira de Roberto Cordovani

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